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#Notícias | 09/11/2023
Biblioteca Pública do Estado apresenta produção teatral que reverbera a voz da poeta Gilka Machado
Segundo o diretor, “a atriz Lorena Sánchez dá movimento às palavras e verbaliza cada gesto, apresentando fatos marcantes na vida da poeta Gilka Machado, ao mesmo tempo em que sua obra vai permeando cada momento. Além da palavra, o público é provocado com odores, sabores e vídeo-imagens, sendo proporcionada uma experiência sensorial que materializa a
poesia gilkiana”.
O Projeto
A construção do projeto teve início em 2019, quando três artistas (Alexandre Malta, Lorena Sánchez e Thali Bartikoski) idealizaram a elaboração de um sarau, a partir da literatura erótica feminina no Brasil. O trabalho de pesquisa sobre a temática conduziu-os para a vida e obra de Gilka Machado, primeira mulher a publicar poesia com teor erótico no país.
Considerando que Gilka fazia uso frequente dos cinco sentidos em sua poesia foi idealizado o sarau sensorial “A Língua Lâmina de Gilka Machado”, que chegou a estrear no início de 2020 no espaço do Guernica Bar. O sucesso da estreia levou a inúmeros convites para participar de outros eventos, mas as atividades foram suspensas em virtude do isolamento social provocado pela pandemia do Covid19. Durante o período de isolamento, o grupo continuou pesquisando e desenvolveu ações de forma virtual, para que a ideia do projeto não se extinguisse.
Em meio a novas pesquisas e discussões, foi desenvolvida outra concepção em relação ao produto final do projeto, onde o sarau foi transformado em espetáculo, sendo reestruturado, na forma de um monólogo teatral denominado “Língua Lâmina”. O processo aconteceu dentro do núcleo de pesquisa lítero-performática Coletivo Labareda, o qual reúne profissionais das artes cênicas, literatura e audiovisual, voltados para uma permanente pesquisa bibliográfica de mulheres pioneiras na (des)construção literária.
Sobre Gilka Machado
Gilka da Costa de Melo Machado foi uma romancista e poeta brasileira. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 12 de março de 1893 e faleceu na mesma cidade, aos 87 anos, em 11 de dezembro de 1980.
Escreveu poesias de temática erótica feminina, e por isso é considerada uma escritora de vanguarda.
Suas poesias são marcadas por expressiva sensibilidade e consideradas ousadas para a época, razão pela qual foi taxada de imoral pela crítica conservadora. Contudo, ganhou a simpatia de muitas mulheres, numa época em que temas relacionados à sexualidade feminina eram tabus.
Foi intitulada como a melhor poeta do Brasil, em 1933, e convidada por Jorge Amado a concorrer a primeira cadeira feminina na Academia Brasileira de Letras (convite que ela recusou). Apesar disso, sua obra caiu no esquecimento da História da Literatura brasileira, por muitas décadas, e agora é fonte de inspiração para o Grupo Labareda.
FICHA TÉCNICA
Atuação, pesquisa e produção: Lorena Sánchez
Direção: Alexandre Malta
Dramaturgia: Alexandre Malta e Lorena Sánchez
Assessoria coreográfica e criação: Raul Voges
Figurino e Acessórios: Lorena Sánchez
Trilha sonora: Coletivo Labareda
Cenografia: Coletivo Labareda
Vídeo-projeções: Têmis Nicolaidis
Iluminação: Vigo Cigolini
Produção: La Lola Produtora
Apoio: Coletivo Catarse e Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre
Equipe
Lorena Sánchez
Função: Atuadora
Atriz, contadora de histórias, bonequeira, arte-educadora, professora de espanhol e produtora cultural; já participou de mais de 30 montagens teatrais, seja na atuação, na técnica, ou na produção. Participando de festivais de teatro a nível nacional recebeu o prêmio de Melhor Atriz em cinco oportunidades e mais outras indicações. Atua na área educacional como orientadora de dinâmicas teatrais, reciclagem e contação de histórias, ministrando aulas tanto
para crianças quanto para educadores e agentes culturais (projeto Sucatadora de Histórias).
Realiza a elaboração, escrita, administração, execução, gestão e prestação de contas de projetos próprios e/ou para terceiros, com contemplações em FAC, LIC, LAB, Rouanet, entre outros, destacando-se os seus projetos “Pedagogia do Sopapo – Programação especial dos 10 anos do Quilombo do Sopapo”, “Memória da Comunicação – Hipólito da Costa Segue a sua Viagem”, (Musecom RS, Jornal Boca de Rua e Coletivo Catarse), ambos com a sua coordenação geral. Recebeu o Prêmio Culturas Populares Selma de Coco, pela sua atuação na comunidade com o grupo percussivo feminino Iyalodê Idunn. Mantém projetos artísticos cênicos e audiovisuais de pesquisa com diferentes coletivos. É cooperada no Coletivo Catarse, onde trabalhou no documentário “Tua dor tem Cor?” , e na ficção “A Dominação V19”, assim como em outros projetos com legendagem em espanhol e tradução de textos e simultânea em
eventos (Parceria Witness). Trabalhou na equipe de produção do TV Nação Preta na pesquisa de acervos audiovisuais sobre cultura afroindígena do RS. Fez parte da equipe de comunicação dos projetos TamboReS do grupo Alabê Ôni e Criaturas da Literatura da Cia. Teatro Lumbra, com a manutenção de blog de processos e redes sociais. Recentemente trabalhou na produção
executiva de Projeto Afèfé Sise Performance em dança Afro, apoiado pelo FAC Artes de Espetáculo. Atualmente cuida da rede social de Casa do Artista Riograndense – Uma história de amor à arte, e faz parte da atuação e produção dos coletivos artísticos Capitu e Outras Mulheres (sarau sobre violência doméstica, desde 2018), Coletivo Labareda (espetáculo líteroteatral Língua Lâmina desde 2020) e Cuidado que Mancha (atriz, produção e ação social, desde 2020, projeto Mãos de Mães). Trabalha na atuação e co-produção do projeto Grimm Para Os Pequenos desde 2015. Realiza o auxílio da gestão do projeto Escola Casa da Música da AACAMUS, associação sem fins lucrativos com aulas de música clássica para crianças em situação de vulnerabilidade econômica. Graduanda em Licenciatura em Artes Visuais com foco
na educação inclusiva.
Alexandre Malta
Função: Diretor
Pesquisador, ator (DRT 14.906) e diretor de teatro, atuando profissionalmente na área desde 1999. Nesse período participou de diversas companhias teatrais do Litoral Norte e Região Metropolitana do estado, sediadas em Capão da Canoa, Osório, Santo Antônio da Patrulha, Gravataí, Cachoeirinha e Porto Alegre. Atualmente integra a Cia. Crakety – Teatro de Palco e Bonecos, de Cachoeirinha, o NUTA – Núcleo de Teatro de Animação Ponto de Cultura
Quilombo do Sopapo e o Coletivo Labareda, esses dois últimos de Porto Alegre. Como ator destaca-se nos espetáculos “Pedaço de Mim”, “Faz de Conta”, “Suish-suish: uma comédia romântica”, “Intimidades”, “Carmem”, “A Megera Indomada”, “Yerma ou quanto tempo leva para transbordar um balde”, “Vira e Revira: na cozinha tudo vira poesia”, “Bandele”, “Páginas Amarelas – Vida e Obra de Carolina de Jesus” e “A Trupe”. Dirigiu os espetáculos “A Maldição
do Vale Negro”, “Barco Sem Pescador”, “Suish-suish: uma comédia romântica”, “Intimidades”, “A Trupe”, “Arco-íris Sob um Céu Escuro”, “Quem me dera não sentir” e “Língua Lâmina”.
Virginia Anderle Cigolini
Função: Iluminadora
Licenciada em Teatro no DAD/UFRGS, conclusão em 2017/2. Atriz, performance, iluminadora, sonoplasta e eletrotécnica. Tem experiência técnica em luz e som, com concepções próprias e operadora, com registro DRT. Iniciou como bolsista de iluminação, cenografia e sonoplastia na
UFRGS dentro do Departamento de Arte Dramática, em 2015. Com a concepção e operação de luz, atuou nos espetáculos: “Palavras”, direção de Camile Villanova, “Os Dragões não conhecem o paraíso”, direção de Guilherme Conrad, “Almodóvar motopeças”, direção de Jéssica Lusia, “Pterodátilos”, direção de Brenda Knevitz, “Os dois fodidos” direção de Ralph Duccini, “Mulheres Atravessadas na Garganta” direção de Guadalupe Casal, “Rinha” direção de
Roberta Fofonka, “Tratos e Farrapos” direção de Anderson Gonçalves, entre outras. Realizou a pesquisa acadêmica intitulada “Composição e Construção da Luz Cênica como Atuante Poético”, apresentada no Salão de Iniciação Científica da UFRGS, em 2017/2. Atualmente trabalha como técnica nos teatros da Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ).
Têmis Nicolaidis
Função: Vídeo-projeções
Editora, roteirista, diretora e produtora 5udiovisual do Coletivo Catarse, destacando os documentários em longa-metragem O Grande Tambor e Carijo, os curtas-metragens A Busca de Maria, Cores ao Vento – Navegando pela arte de Silvio Rebello, a websérie Tainhas no Dilúvio. Em 2013 participou no espetáculo Mulheres como se fossem, sob a direção de Raul Voges. Desde 2015 integra o Clube da Sombra, Cia Teatro Lumbra de Animação. Desde lá atua
como atriz e sombrista nos espetáculos de repertório da companhia: Sacy Pererê – a Lenda da Meia-Noite, Salamanca do Jarau, O Marujo e a Tempestade, Auto de Natal e, mais recentemente do Criaturas da Literatura, este último foi responsável pelo roteiro, assistência de direção, cenografia, desenho de som e produção.
Raul Voges
Função: Coreógrafo e preparador corporal
Ator e Bailarino. Professor e Coreógrafo. Formação teatro/dança em POA/RS escolas/cursos livres: ballet, jazz e dança moderna/contemporânea. Em São Paulo: profº nas oficinas do Governo do Estado de 1997/2000, e Diretor Artístico/Fundação Cultural Serrana/SP. Dançou nas Cias: Grupo Imbahá, Cia Juventa, Equus Cia de Dança, Cia Joca Vergo, Terpsi Teatro de Dança no RS, e Cia da Dança em SP. Últimos espetáculos: A Aurora da Minha Vida/SP,
Estatutos do Homem/SP, Babel Genet/RS, e os musicais O Apanhador/RS; Godspell a Esperança/RS; Lupi, O Musical; Chimango, o musical; O Pequeno Príncipe; Musicais A la Carte.
Ministrou aulas no Instituto de Desenvolvimento Cultural-CORAL PUCRS e Actemus – Academia de Teatro Musical/POA-RS
MÍDIA SOCIAL
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Serviço:
O quê: Leitura em Cena – Língua Lâmina
Quando: Sexta-feira, 10 de novembro, às 20h
Onde: Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado (rua Riachuelo, 1190)
*Entrada gratuita, com contribuição espontânea aos artistas.
Atendimento à imprensa Cláudia Antunes – (51)986085429 (Whats) /
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Realização
Secretaria de Estado da Cultura
Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul
Fontes: