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#Notícias | 14/11/2023


BPE apresenta batalha de poesia falada e verso livre focados no protagonismo negro

Segundo a diretora da Biblioteca, Ana Maria de Souza, “é muito importante que esse tipo de movimento popular e urbano, baseado na ocupação de praças e parques, aconteça aqui no espaço nobre e histórico da Biblioteca, que também é pública e está sempre aberta a todas as manifestações artísticas, sobretudo àquelas à força da palavra e da poesia, como é o caso do slam”, comenta.

Batalha de Poesia

São competições de poesia falada de temática livre que unem versos autorais em performances de até três minutos, que serão avaliadas por um júri popular.
As regras são: duração de até 3 minutos; somente poesias autorais; com proibição do uso de
adereços cênicos ou instrumentos musicais. Em caso de empate na 3° fase, os poetas recitam mais uma poesia, e decidem entre si, se a votação será nominal ou não.
O vencedor ganhará 100 reais em dinheiro e os segundos e terceiros lugares livros e vale-cultura.

História do Slam

Slam é uma batalha de poesias e rimas que existe desde os anos 1980 e tem crescido cada vez mais no mundo e no Brasil. É considerado por muitos um esporte, com batalhas nacionais e uma Copa do Mundo, onde finalistas de diversos países se encontram para escolherem qual a melhor poesia.
O Slam é uma forma artística, cultural e social de afirmação e resistência, que chegou ao Brasil em 2008 através do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, eles criaram o Zap! Slam, em São Paulo. Em 2012 o Slam da Guilhermina colocou a poesia falada nas ruas da zona leste paulistana democratizando o acesso à literatura. O coletivo foi o primeiro a ocupar uma praça pública dentro de um circuito oficial, depois disso surgiram muitas comunidades de slams espalhadas por todo país em bares, praças e escolas.
Na última década, o Brasil tem apresentado suas manifestações, sobretudo entre os jovens
periféricos, e traz consigo um forte teor auto afirmativo, identitário e de ocupação de espaços
públicos.

Slam Aquilombaí

O Slam Aquilombaí é um projeto direcionado ao fortalecimento e manutenção da cultura negra, que ocorre mensalmente, de janeiro a dezembro, em Porto Alegre, sempre no segundo sábado do mês, a partir das 16h. É promovido pela CURA (Coletiva Urbana de Retomada Aquilombaí). O evento ocorre na Praça do Tambor, nomeada oficialmente de Brigadeiro Sampaio, no final da Rua dos Andradas, no antigo Largo dos Enforcados − primeiro marco escultural do Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre.
O evento reúne mais de cem pessoas em uma roda de poesia, reflexões e vivências, unindo poetas, comunidade, amantes da poesia, e simpatizantes da cultura negra de resistência.
São 12 edições do Slam Aquilombaí, contando com uma grande final que decide o representante na Final Gaúcha 2023. O projeto prevê a publicação do livro Slam Aquilombaí, uma obra com poesias do campeão de cada edição.

A ação é direcionada ao fortalecimento e manutenção da cultura negra, tendo a população negra e parda como principais indivíduos a serem impactados pelo projeto social, a fim de que se reconheça a sua etnia como protagonista e como potencialidade socioeconômica e cultural;
Também se dirige às outras etnias, sem distinção, para oportunizar o acesso à educação antirracista e conhecimento da cultura e história afro-brasileira de forma prática; Informações: @aquilombai.

SERVIÇO

O quê: 12ª edição Slam Aquilombaí – Competição de slam
Quando: 17 de novembro de 2023, às 19h
Onde: Biblioteca Pública do Estado (Rua Riachuelo, 1190, no Centro Histórico de Porto Alegre/RS
Duração: 3h
Entrada gratuita

CONTATOS

Cláudia Antunes – 51 986085429 / bpe.imprensa@gmail.com
Site: https://www.bibliotecapublica.rs.gov.br
Facebook: https://www.facebook.com/bibliotecapublicadoestadors
Instagram: @bpe.rs

REALIZAÇÃO

Secretaria de Estado da Cultura
Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul